27 de setembro de 2008

As 13 Leis Corporativas que não foram escritas

Engraçado... me identifiquei com praticamente todas!

1. Nunca me dê trabalho pela manhã. Sempre espere até as 16 horas e então traga ele a mim. O desafio do tempo se esgotando é revigorante.
2. Se o trabalho trata-se realmente de algo urgente, corra até mim e interrompa-me a cada 10 minutos para saber como estou indo. Isso ajuda. Ou melhor ainda, fique me observando sob minhas costas, dando palpites a cada tecla digitada.
3. Sempre saia do escritório sem dizer para ninguém aonde você vai. Isso me dá a chance de ser criativo quando alguém perguntar aonde você foi.
4. Se estou com minhas mãos cheias de papéis, caixas, livros ou suplementos, não abra a porta para mim. Eu preciso aprender a me virar como um tetraplégico e abrir portas sem usar meus braços é um bom treinamento para caso eu sofra um acidente de trabalho e perda o uso total dos meus membros.
5. Se você me der mais que um trabalho para fazer, não me diga qual é o prioritário. Eu usarei minhas habilidades psíquicas.
6. Faça seu melhor para me manter até mais tarde. Eu amo esse escritório e não tenho nada melhor para fazer ou lugar para ir. Eu não tenho vida além dessa organização.
7. Se eu realizar uma tarefa que o agrada, mantenha essa informação em segredo. Se um dia ela for revelada, isso pode significar uma promoção.
8. Se você não gosta da forma que eu trabalho, conte a todos. Eu gosto de ser popular e ter meu nome nas conversas alheias. Eu nasci para levar pedradas.
9. Se você possui instruções específicas para um trabalho, não escreva elas para mim. Na verdade, guarde elas até que o trabalho esteja quase terminado. Não é necessário me confundir com informações úteis.
10. Nunca me apresente para alguém que você esteja conversando. Eu não tenho o direito de saber nada. Na cadeia alimentar dessa organização, eu sou um plâncton. Quando você se referir a essa pessoa mais tarde, minhas habilidades paranormais o identificarão.
11. Seja legal comigo somente quando o trabalho o qual estou realizando pode mudar sua vida e mandá-lo diretamente ao inferno da gerência.
12. Diga-me todos seus insignificantes problemas. Ninguém aqui possui problemas e é bom saber que existe alguém menos afortunado. Eu gosto especialmente daquela história sobre você ter que pagar muitos impostos sobre aquele cheque que você ganhou por ser um ótimo gerente.
13. Espere minha revisão anual chegar e SÓ ENTÃO me diga as metas que eu DEVERIA ter atingido. Coloque lá que tive uma performance medíocre e acrescente um aumento de alguns centavos na minha folha. Eu não estou aqui pelo dinheiro mesmo.

(Do Capinaremos)

26 de setembro de 2008

Colocando um post rápido pra avisar que o DeGerência também conta com as colaborações dos (provavelmente 2 ou 3) leitores. Se vocês tiverem histórias que ilustrem a total incapacidade de seus chefes enviem para degerencia@hotmail.com. Prometo preservar sua identidade! =D

23 de setembro de 2008

Amigo meu acabou de se queixar do degerente dele. É que tinha uma tarefa que não estava sendo acompanhada por ninguém e acabou ficando atrasada. Daí o degerente passou a tarefa pra esse amigo meu, que na tentativa de resolvê-la acabou passando pro cliente algumas informações que o aborreceram. E o meu amigo tomou um esporro que anulou completamente a tentativa de resolver o problema. Ou seja, zero em habilidades de motivação pra esse degerente!

20 de setembro de 2008

Estratégia corporativa


Esse quadrinho me fez ter dúvidas se eu sei claramente a estratégia da empresa onde eu trabalho, e como meu departamento colabora com essa estratégia. Será que isso é normal? Alguém aí sente a mesma coisa?

O pior da história é que nossos objetivos profissionais muitas vezes estão relacionados à estratégia da empresa em que trabalhamos. Se não sabemos claramente para onde a empresa quer ir como é que podemos crescer profissionalmente?
Quando se trabalha em uma empresa multinacional a coisa mais comum é ter que interagir com pessoas de outros países. E como o meu departamento trabalha diretamente com clientes das Américas estamos sempre em contato com pessoas da Argentina, México, Estados Unidos... ou seja, fala-se inglês e espanhol com frequência por lá. Quer dizer, em alguns casos arranha-se um inglês e fala-se um portunhol tosco, porque poucos ali realmente conhecem qualquer um dos idiomas -- ou os dois. Isso inclui um dos degerentes do departamento.

Um dia desses tivemos uma reunião que envolvia algumas pessoas da nossa equipe local e pessoas da Argentina. O degerente em questão fala um inglês medonho e um portunhol mais medonho ainda. Pra começar a reunião, que contava com a participação de pessoas por telefone, o degerente me solta a pergunta quien está inhél teléfonu? (sim, essa foi exatamente a forma como ele fez a pergunta!) A partir daí o degerente começou a proferir uma série de palavras bizarras, como la idéia, diez, otchu e por aí vai.

Mas o melhor ainda estava por vir: ele me encerra a reunião dizendo lo que hablamos acá queda acá por encuanto. Eu não conheço espanhol tão bem assim mas acho que essa frase está meio errada. Aliás tenho quase certeza de que acá não existe. Mas tudo bem, pelo menos ele não disse lo que hablamos acá muerre acá como eu esperava que ele dissesse.

Sinceramente, se eu ouvisse um gringo falando português do jeito que ele "fala" espanhol eu ia achar que o gringo estava se divertindo às minhas custas. Ou eu ia ficar com constrangimento alheio, da mesma forma que eu fico toda vez que o degerente precisa exercitar seu inglês ou portunhol precários. Eu não sei falar espanhol... mas eu nem me atrevo a arriscar um portunhol para não correr o risco de soltar pérolas como as que esse degerente solta -- ou de deixar os nativos de língua espanhola revoltados com a minha total incapacidade misturada à minha cara de pau de falar desse jeito.

O pior de tudo é que ele não se preocupa nem um pouco em se aperfeiçoar. Aliás, uma vez eu ouvi alguém dizer que gerente é tudo burro; pensando nesse tipo de situação, em que um degerente não se preocupa nem em aprender decentemente a falar um idioma que é pré-requisito para ele estar em uma empresa, pode-se pensar que a afirmativa é bem verdadeira.

(Não estou citando nomes ou pseudônimos para não comprometer ninguém -- e, óbvio, para não colocar meu emprego em risco também. Nunca se sabe!)

9 de setembro de 2008

Um amigo meu estava se queixando para o degerente dele sobre a quantidade de tarefas pelas quais ele é responsável. Aí o degerente dele pediu pra ele fazer uma lista das atividades que ele executa diariamente e o tempo médio de cada atividade. Como se ele não soubesse exatamente a quantidade de coisas inúteis que ele passa pra esse meu amigo fazer...